Saul Bellow, escritor Norte-Americano e vencedor de um Nobel, geralmente escreve sobre homens de meia-idade, solitários, amargos com a vida, num ambiente urbano e intelectual e judeus como ele. Por isso este seu livro "A Autêntica" não podia fugir muito a esta temática.
"A Autêntica" traz-nos a estória de Harry Trellman, um homem de meia-idade, solteiro e muito reservado que por ter uma certa aparência oriental e outras razões, sai dos Estados Unidos e vive vários anos no oriente, sendo uma espécie de comerciante de antiguidades orientais e contrabandista.
Harry Trellman depois de viver tantos anos no oriente decide regressar aos Estados Unidos, nomeadamente à sua Chicago natal, cidade essa à qual ele tem uma ligação muito especial.
Em Chicago Trellman funda a sua empresa de antiguidades e começa a dar-se com pessoas ricas e influentes e é num jantar social que conhece Adletsky, um multi-milionário e ambos tornam-se muito amigos e confidentes.
Em Chicago também vai reencontrar Amy Wustrin, sua namorada quando jovens, mas que depois se casou com o seu amigo Jay.
Trellman nunca deixou de amar Amy durante toda a sua vida, mesmo quando era casada com Jay que entretanto já tinha falecido e com uma pequena ajuda de Adletsky, vai refazer a sua vida.
Este livro de Bellow é carregado de emoções, de arrependimentos e amor, mais uma vez ele consegue mostrar o lado emocional masculino.
Apesar de achar o livro pequeno (só tem 137 páginas) e muito mais podia ser explorado, adorei-o, tal como os livros que já li dele, "Ravelstein" e "Morrem Mais de Mágoa" que foi recentemente reeditado pela Quetzal.
Para quem nunca leu Bellow recomendo qualquer um deles.
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