Há uns tempos li um livro deste escritor francês que muito me impressionou, esse livro é o "Viagem ao Fim da Noite". No post que fiz sobre o mesmo, falo um pouco sobre o autor e sobre toda a polémica que gira à volta do mesmo, por isso não me vou adiantar muito sobre esse assunto neste post.
Igualmente no post anterior ao falar sobre o livro referi que "... é um livro intenso, com uma leitura "pesada", com passagens fortes que mostra a condição humana na sua face mais baixa.", o mesmo se passa com este livro.
Igualmente no post anterior ao falar sobre o livro referi que "... é um livro intenso, com uma leitura "pesada", com passagens fortes que mostra a condição humana na sua face mais baixa.", o mesmo se passa com este livro.
Novamente Céline vai buscar uma personagem com o nome "Ferdinand" e através do relato da sua infância, adolescência e entrada na idade adulta traça um retrato cruel e duro da França do início do séc. XX.
Céline tal como no "Viagem ao Fim da Noite" mostra-nos uma França pobre, miserável e cheia de vícios, onde a condição humana é do mais baixo que existe.A estória em si é a de Ferdinand uma criança que desde o seu nascimento se mostrou ser diferente das outras, isolado e sempre com uma tendência enorme para se meter em problemas.
Os seus pais vivem num bairro pobre, o pai empregado de escritório, com uma baixa auto-estima e que acha que todos os seus problemas advêm do filho, a mãe, comerciante de bugigangas, tem uma loja no bairro onde vivem e também corre diversas feiras para vender os seus produtos, é mais condescendente para com o filho.
Ferdinand não tem queda para a escola, só se mete em problemas, tem uma enorme falta de higiene, mas lá se vai "safando", mais tarde quando tem idade para trabalhar, vai trabalhar para um armazém, mas aí também as coisas não lhe correm muito bem e passa por diversas peripécias, mais tarde e com a ajuda do tio, vai para um colégio em Inglaterra para aprender inglês, mas aí também as coisas não lhe correm nada bem.
Regressado a França vai trabalhar com uma personagem "sui generis", um "inventor", balonista e dono de um jornal sobre invenções e ciência (em suma, um charlatão) e com ele mete-se em esquemas e enormes confusões, criando situações quase inacreditáveis de ridículas que elas são.
O livro tal como referi no início do post, apesar de ter uma linguagem "pesada" e por vezes quase "porca", mostra-nos através de Ferdinand uma visão muito irónica da classe baixa Francesa e da França em geral como só Céline conseguiu fazer.
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